Elas estão à frente de movimentos para conservação do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida das pessoas. É a força das mulheres representada por prodígios como Greta e Malala.
No Brasil também temos grandes mulheres que fizeram história na luta pelo meio ambiente como Ana Maria Primavesi, engenheira agrônoma importante pesquisadora da agroecologia e da agricultura orgânica; a irmã Dorothy Mae Stang, que participou ativamente de projetos de desenvolvimento sustentável no Pará, ganhando reconhecimento nacional e internacional, tendo sido brutalmente assassinada em 2005, e Antonia Melo da Silva, uma piauiense que há 36 anos luta para preservar a Amazônia tendo recebido em 2017 o Prêmio Ativismo Ambiental e de Direitos Humanos, da Fundação Alexander Soros, em Nova Iorque, por seu ativismo.
No Vale do Paraíba essa força feminina também tem grande impacto. Em instituições, organizações da sociedade civil e coletivos são elas que dedicam seu dia a dia à valorização da cultura e do meio ambiente. Elas são muitas, mas trazemos aqui alguns exemplos de atuação constante em favor da vida, sustentabilidade, meio ambiente e pela cultura como força geradora de mudanças e desenvolvimento.
No Centro de Estudos da Cultura Popular, em São José dos Campos, Maria Siqueira está à frente do Ecomuseu, num trabalho que dá significado a cultura e à ligação da comunidade com o seu meio, promovendo por meio de ações ecomuseológicas, a busca da identificação do patrimônio cultural das comunidades locais e o incentivo ao seu desenvolvimento.
Tatiana Motta está há cinco anos como responsável pela área de articulação e comunicação do Corredor Ecológico do Vale do Paraíba, cujo grande propósito é reflorestar e criar corredores de matas garantindo a vida de espécies de animais e de árvores.
Ela é advogada, com MBA em Empreendedorismo Social e Gestão, na FIA. Há 20 anos trabalha com sustentabilidade, tendo atuado na Alfabetização Solidária, Fundação Orsa e Instituto Votorantim, sempre na área educação, mobilização socioambiental e articulação. É membro do CBH- PS, Consema e Conselho Municipal de Meio Ambiente de Jacareí.
Em Cunha, Marina Marcos Valadão conduz a OnG SerrAcima – que teve à sua frente outra mulher de fibra, Dulce Maia - sempre dialogando com proprietários rurais e com a comunidade rural pela sustentabilidade, em especial com agricultoras e agricultores familiares.
E o Instituto Suinã, em Jacareí, atuante na transição para uma sociedade mais justa e sustentável, desenvolvendo ações socioambientais por meio de educação, pesquisa e sensibilização a fim de valorizar culturas e meio ambiente, tem uma representatividade feminina de peso com Rita Prando, Fernanda Scalambrino, Fátima Oliveira, Juliane Ferreira, Tamires Santos e Cinthia Mara.
Em São Luiz do Paraitinga, Daniela Coura, há três anos como diretora geral da Oscip Akarui, juntamente com Luciana Gomes de Almeida, Cristiane Bittencourt e Camila Gauditano formam um grande time mulheres que atua na articulação local e regional voltada ao desenvolvimento da agroecologia.
Para isso mobilizam comunidades rurais, incentivam a troca de conhecimento entre agentes multiplicadores locais como professores e agentes de saúde, buscam o fortalecimento de cadeias produtivas rurais voltadas a garantir a segurança alimentar das famílias produtoras e das atendidas por elas, e promovem a melhoria da relação das pessoas com o meio em que vivem.